Teoria dos 11 Elementos 

 

Filosofia & Medicina

Uma coisa que é comum às várias medicinas, que surgiram no planeta e que se conhecem, é a existência de uma visão própria do funcionamento do corpo. Esses princípios apesar de teóricos, são a base que regula a aplicação prática e o exercício da medicina nos pacientes.

MEDICINA CONVENCIONADA

Na Medicina Convencionada, o princípio dominante é o Dualismo Cartesiano com a teoria mecanicista do corpo, cujo pioneiro foi René Descartes e que abriu caminho ontológico para a medicina moderna ao separar o corpo físico da mente. 

O dualismo cartesiano aplicado à medicina moderna diz que o corpo é uma máquina que pode ser exaustivamente decomposta nas suas partes componentes e respetivas funções, tais como os seus órgãos internos e externos, os tecidos e ossos que os compõem, as células que constituem os tecidos, as moléculas que constituem a célula, até aos átomos (as sequências de ADN) que compõem a célula no corpo. 

Assim, todo o corpo está decomposto em sistemas e funções, e o seu tratamento é feito de forma local e especializada.

Não está de todo claro como funciona a mente, existindo várias teorias de suporte às aplicações terapêuticas da psiquiatria e das psicoterapêuticas.

MEDICINA TRADICIONAL

A Medicina Tradicional trabalha para restaurar o equilíbrio e a harmonia da pessoa através de um sistema de cuidados de saúde holístico, ou seja, que vê o paciente como uma parte integrante de um todo maior e mais complexo que apenas o corpo físico.

Outra parte importante que integra a Medicina Tradicional é a sua orientação para a prevenção e manutenção da saúde, mais do que o próprio tratamento da doença.

Existem várias medicinas tradicionais no Planeta, mas iremos apenas falar das duas mais conhecidas para ilustrar a visão tradicional do funcionamento do corpo, uma vez que as diferenças entre elas muitas vezes são mínimas, mas em todas conseguimos encontrar a mesma abordagem holística do Ser Humano. 

Todas as medicinas tradicionais têm em comum as premissas de que estamos ligados à natureza e aos seus elementos; que estes elementos regulam o funcionamento do Ser Humano; que somos mais do que o nosso corpo físico; e que a saúde resulta do equilíbrio entre estes elementos.

MEDICINA TRADICIONAL CHINESA

A teoria dos cinco elementos é o princípio orientador na Medicina Tradicional Chinesa e demonstra como todos os aspetos da saúde humana – dieta, movimento e emoções – estão interligados com a natureza e o ambiente.

Os elementos básicos desta teoria são: madeira, fogo, terra, metal e água. E todos eles estão em constante movimento e mudança, cada um tornando-se dominante em momentos diferentes do ciclo natural, afetando a saúde de um indivíduo. Os cinco elementos são utilizados para interpretar e explicar a fisiologia e a patologia, sendo que cada um está associado a diferentes órgãos corporais, cores, sabores, sentidos, emoções e clima. 

Compreender como os cinco elementos afetam a saúde ajuda o médico a desenvolver um plano de tratamento abrangente e eficaz para eliminar a doença na sua origem.

 

Os Elementos da Medicina Chinesa

MEDICINA AYURVÉDICA

A Ayurveda vê toda a criação, incluindo o corpo humano, ser constituída a partir de cinco elementos fundamentais: éter, ar, fogo, água e terra.

A configuração equilibrada destes cinco elementos, em cada indivíduo, é única e cria normalidade ou saúde, sendo que os desvios desta normalidade (em qualquer direção) causam doenças. 

Estes elementos combinam-se entre si e manifestam-se no corpo humano como três humores ou doshas, a essência energética essencial de uma pessoa, conhecida como vata, pitta e kapha. Os doshas regem todas as funções biológicas, psicológicas e fisiopatológicas do corpo, da mente e da consciência. Assim, o conhecimento e a restauração da normalidade destes cinco elementos fundamentais, é a pedra angular do tratamento na Ayurveda.

Os Elementos da Medicina Ayurvédica

MEDICINA HOLISTICA – TESED

Na Tesed, acreditamos que todas estas visões, com uma linguagem mais ou menos distinta, falam exatamente do mesmo e, quando integradas. dão-nos a perceção mais completa e exata do ser humano.

Por isso, através de uma linguagem matemática, desenvolvemos o nosso próprio conceito unificando a visão convencional e tradicional da medicina a que chamamos Teoria dos 11 Elementos.

 

Os 11 elementos são sistemas complexos que envolvem estruturas físicas (órgãos e glândulas), aspetos da mente, das emoções e da alma. Cada elemento tem tanto funções fisiológicas, como funções ao nível invisível. Cada órgão está unicamente relacionado com um tecido corporal, um órgão dos sentidos, emoção, sentimento, sabor, som, clima, centro energético, etc.

Estas qualidades estão todas organizadas na Teoria dos Onze Elementos, que se encontra esquematicamente representada na Figura.

Este sistema fornece aos praticantes de Medicina Holística uma estrutura para compreender, diagnosticar e tratar problemas de saúde.

Utilizamos a informação do diagnóstico para definir um plano de tratamentos que ajude a fazer com que os pacientes recuperem o equilíbrio e condições de saúde ideais.

Os 11 Elementos são dinâmicos e movimentam-se em ciclos.

O Ciclo da Criação, em que cada elemento nutre o seguinte:

O ciclo do Amor – Energia Feminina (vermelho).

E o Ciclo da Liderança – Energia Masculina (azul).

Até ao 7º elemento existe representação no corpo físico e cada elemento está ligado a órgãos, meridianos e centros energéticos específicos.

Do 8º ao 11 Elemento vamos ter aspectos imateriais do Ser Humano, tal como a Mente ou a Criança Interior.

Os 11 Elementos permitem:

1- Diagnosticar e tratar as doenças na sua origem;

2- Compreender as causas fisiológicas, energéticas e emocionais da doença;

3- Relacionar sintomas e manifestações distintas, que, muitas vezes, parecem não ter qualquer relação entre si.