O estudo “Functional Changes in Brain Activity Using Hypnosis: A Systematic Review” faz uma revisão sistemática sobre como a hipnose altera a atividade cerebral, usando diversas técnicas de imagem como EEG e fMRI.
Metodologia
Período de Análise: 1979-2021
Fontes de Dados: Cochrane, Embase, Medline via PubMed
Critérios de Inclusão: Estudos controlados randomizados, coortes, transversais e comparativos
Principais Conclusões
Aumento da Atividade no Córtex Frontal:
Durante a hipnose, observa-se um aumento na atividade do córtex frontal, relacionado à concentração e foco exigidos nesse estado.
A hipnose aumenta as amplitudes do EMG (eletromiografia de startle) e dos potenciais relacionados a eventos somatossensoriais (SERPs).
Oscilações θ e Hipnose:
As oscilações de atividade θ no EEG estão ligadas à hipnose, sugerindo uma conexão entre este tipo de onda cerebral e a resposta hipnótica.
As frequências θ são geralmente associadas a estados de relaxamento profundo e meditação.
Diferenças na Atividade Cerebral Entre Indivíduos:
Indivíduos altamente hipnotizáveis apresentam maiores amplitudes de EEG, especialmente no hemisfério esquerdo, indicando maior susceptibilidade à hipnose.
Durante a hipnose, há redução da atividade na ínsula e no córtex cingulado anterior, áreas relacionadas à percepção e regulação emocional.
Atividade Cerebral e Experiência de Hipnose:
A experiência subjetiva da hipnose está correlacionada com mudanças específicas na atividade cerebral, mensuráveis por técnicas de imagem.
As técnicas de neuroimagem mostram que a hipnose pode modular a atividade em regiões cerebrais específicas, promovendo mudanças funcionais durante o estado hipnótico.
Considerações Finais
A hipnose envolve mudanças mensuráveis na atividade cerebral, observáveis por diversas técnicas de imagem. Estas descobertas fundamentam o uso da hipnose como ferramenta terapêutica, destacando a necessidade de mais pesquisas para entender plenamente seus mecanismos e aplicações clínicas.
Implicações para Profissionais de Hipnose Clínica:
Compreensão Profunda dos Mecanismos: Os profissionais podem beneficiar de um entendimento mais profundo sobre como a hipnose altera a atividade cerebral, melhorando a eficácia das suas práticas ao saberem quais áreas do cérebro são mais afetadas.
Eficácia Terapêutica: A evidência de que a hipnose pode regular a dor e a ansiedade de maneira significativa permite aos hipnoterapeutas utilizar a hipnose como uma ferramenta complementar eficaz em tratamentos médicos e psicológicos.
Desenvolvimento de Estratégias de Hipnose: Compreender as mudanças na atividade cerebral também pode ajudar os terapeutas a desenvolverem estratégias de hipnose mais direcionadas e personalizadas para seus pacientes.
Estes estudos proporcionam uma base sólida para a aplicação clínica da hipnose, reforçando sua validade e eficácia como uma intervenção terapêutica significativa.
Estudo Completo: https://www.mdpi.com/2076-3425/12/1/108
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