Em meados da década de 1970, Upledger estava a assistir a uma cirurgia para remover um crescimento da membrana (dura-máter) que envolve a medula espinal. A sua tarefa era “estabilizar a medula” para que não houvesse movimento, o que poderia causar um deslizamento da lâmina do cirurgião nesta área delicada. Upledger apercebeu-se de uma onda rítmica de movimento fluido que subia e descia dentro das membranas. Foi assim, graças à descoberta desta “membrana móvel”, que até então nunca ninguém tinha falado, que o médico americano iniciou o seu minucioso estudo que viria a dar origem ao método sacro-craniano.
De 1975 a 1983, Upledger foi investigador na Faculdade de Medicina Osteopática da Universidade do Estado do Michigan. O resultado do seu trabalho de investigação confirmou em grande parte o que Sutherland tinha descoberto através de experiências pessoais e da sua experiência clínica: os ossos do crânio, as membranas que lhes estão ligadas, as membranas que rodeiam a medula espinal e o sacro, juntamente com o líquido cefalorraquidiano (LCR), constituem um sistema corporal em movimento, atualmente conhecido como sistema Sacro-Craniano. Ao corrigir as restrições deste sistema, muitas doenças mal compreendidas do cérebro e da espinal medula poderiam ser tratadas com sucesso.
Ao longo da sua vida, Upledger assumiu e desenvolveu técnicas daquilo a que chamou a Terapia Sacro-Craniana, um sistema de tratamento poderoso, mas simplificado, capaz de ser aprendido por qualquer pessoa que, de boa intenção, deseje estudar o sistema. A sua caraterística única é que não requer uma formação médica extensa para ser eficaz. No entanto, incorpora e desenvolve os conceitos essenciais de Still e Sutherland.
Este conjunto de técnicas evoluiu durante a vida de Upledger para se tornar uma terapia holística destinada a ajudar o paciente a empregar as capacidades de cura do seu próprio corpo e que confia que todos os corpos têm uma inteligência inerente que os mantém em equilíbrio.