– Agora percebo a razão para só alguns conseguirem ultrapassar certos estágios de evolução e desenvolvimento pessoal…

– Eu por acaso falei em facilidades?

– Não. Nunca falaste em facilidades. Apenas disseste que ajudava se eu permitisse.

– E agora, já começa a fazer sentido?

– Sim. Começou a fazer sentido. Mas existe uma coisa que não me sai da cabeça!

– E que coisa é essa?

– Sabes, quando iniciei o processo não tinha qualquer expectativa. Mas agora, depois de ver os resultados, comecei a criar expectativas.

– Lembra-te das lições anteriores. A manutenção do estado é deveras importante.

– Mas eu não consigo controlar!

– O poder do consciente agora é essencial. Imagina que o teu consciente é o director geral de uma empresa, e a tua mente são todos os trabalhadores dessa empresa. O que aconteceria se o director não definisse claramente, qual a estratégia e os objectivos a atingir?

– A empresa não teria um rumo definido, e os trabalhadores não saberiam qual a melhor forma de executarem as suas tarefas.

– E se o director, sempre que alguém falasse com ele sobre um problema, não agisse imediatamente e a maior partes das vezes, era como se ninguém tivesse falado com ele?

– Penso que seria um caos ainda maior!

– E se esse director achasse que só ele é que era competente para executar as tarefas, não deixando ou atrapalhando a execução das mesmas, estando sempre a intervir no processo?

– Tudo parava à espera que o director interviesse!

– Pois é. Então porque deixas o teu consciente comportar-se dessa forma? O que achas que acontece à tua mente? Achas que ela é feliz assim? Não te sentes como se tudo parasse e estivessem à espera de uma resposta tua? E mais preocupante é que tu nem sabes o que fazer!

– Sim, tens razão.

– E se pusesses a tua mente a trabalhar para ti, em vez de seres tu a trabalhar para ela?