A Osteopatia Craniana é realizada por osteopatas que, depois da sua formação, aprofundaram o estudo do conceito craniano. Por seu lado, os terapeutas de Sacro-Craniana têm, geralmente, antecedentes mais variados.
Um dos projetos de investigação mais importantes de Upledger foi com crianças a quem foi diagnosticado um distúrbio do espetro autista (ASD). O seu estudo concluiu que as técnicas eram benéficas e que os comportamentos mais graves eram aliviados ou diminuíam. Upledger queria que as famílias de crianças com formas mais graves da doença fossem capazes de tratar os seus filhos diariamente, sozinhas e com confiança. Instigou um programa em que ensinava aos cuidadores técnicas simples, mas poderosas que ajudavam a libertar a tensão nas membranas durais. Desta forma, fundou a terapia sacro-craniana, tornando-a acessível a todos aqueles que a quisessem aplicar com um coração aberto.
Isto promoveu o desenvolvimento de um curso “Protocolo dos 10 passos” para os pais ajudarem os seus filhos, e deu origem às primeiras aulas da técnica para formandos não médicos. Apercebendo-se do valor destas técnicas, Upledger abriu a formação a pessoas de meios não médicos de forma mais alargada e passou a apresentá-la como uma Terapia autónoma da Osteopatia. Por isso, os praticantes de Terapia Sacro-Craniana não são exclusivamente médicos nem osteopatas, pois a técnica foi desenvolvida com a caraterística única de não requerer uma formação médica extensa para ser segura e eficaz.
Outra grande diferença é que o foco da osteopatia craniana é a manipulação das suturas do crânio. Com a Terapia Sacro-Craniana, os ossos do crânio estão envolvidos, servindo como “pegas” para o praticante usar para aceder e afetar o sistema de membranas que se liga a esses ossos, ou seja, os ossos são apenas o meio para atuar no movimento do Líquido Céfalo Raquidiano.
Salienta-se, ainda, uma outra diferença importante entre as duas abordagens que passa pela qualidade do toque. Em geral, as manipulações utilizadas na osteopatia craniana são frequentemente mais pesadas e diretivas. Os praticantes da Terapia Sacro-Craniana usam normalmente um toque leve, cientificamente medido entre 5 e 10 gramas.