A memória é uma das funções mentais mais fascinantes e essenciais, formando a base do nosso entendimento sobre nós mesmos e o mundo ao nosso redor. Neste artigo, exploraremos o conceito de memória, tanto do ponto de vista psicológico quanto de uma perspectiva mais holística e adaptada à nossa vivência diária.
Conceito Psicológico de Memória
Psicologicamente, a memória é definida como a capacidade de codificar, armazenar e recuperar informações. Ela permite-nos conservar dentro de nós experiências diversas, incluindo sentimentos, acontecimentos, imagens e ideias. Esta capacidade não é apenas uma ferramenta para relembrar o passado, mas também um mecanismo essencial que influencia as nossas ações e decisões atuais.
Perspectiva da Tesed sobre a Memória
Além do conceito técnico, a memória pode ser vista como um conjunto pessoal de informações codificadas em diversos formatos, tais como imagens, sons, e sensações. Todos nós temos canais preferenciais de memorização—auditivos, visuais ou cinestésicos – que determinam como guardamos e acedemos às nossas recordações.
Tomemos, por exemplo, a memória de uma paisagem. Alguns de nós gravam os sons do ambiente, outros capturam a imagem visual, e ainda outros lembram-se das sensações físicas ou odores associados ao lugar. Esta diversidade na forma como memorizamos revela a complexidade e a riqueza da experiência humana.
Muitas vezes, o que parece ser uma “falta de memória” é, na verdade, um desafio no acesso ou na descodificação da memória. Por exemplo, se alguém lhe pede para descrever uma paisagem que memorizou principalmente pelos sons, pode ter dificuldades em fornecer uma descrição visual.
Este entendimento é crucial para os profissionais de saúde, pois reconhecer as variadas formas de memorização ajuda na personalização das intervenções terapêuticas. A abordagem individualizada é fundamental para tratar eficazmente os desafios relacionados à memória que os seus pacientes podem enfrentar.
A Programação Neurolinguística (PNL) é uma das técnicas que torna muito fácil entender como as pessoas codificam suas crenças e experiências e permite oferecer melhores cuidados e estratégias mais eficazes para os nossos pacientes, respeitando as suas experiências e modos de processar informações.
Entender que a memória não é apenas um conceito psicológico, mas também como uma experiência pessoal diversificada, oferece insights valiosos para nós, profissionais da saúde.
Que Tipos de Memória Existem e Como Funcionam?
A classificação dos tipos de memória depende do tipo de informação que está a ser armazenada, do modo como ela foi codificada e das características da temporalidade envolvidas.
- memória de curto e longo prazo
- memória de trabalho
- memória sensorial
- verbal
- episódica
- semântica
- processual
Processo de Memória: Codificação, Armazenamento e Evocação
O processo de memória é dinâmico e interactivo, envolvendo múltiplas áreas do cérebro e sendo influenciado pelo modo como vivenciamos e interagimos com o mundo. Compreender a codificação, o armazenamento e a evocação pode ajudar a explicar por que algumas memórias são claras e outras se tornam inacessíveis.
Codificação: A Entrada da Informação
A codificação é o primeiro passo crítico no processo de memória, onde as informações são transformadas numa forma que o cérebro possa armazenar. Este processo pode ser influenciado pela natureza da informação — se é visual, auditiva ou sensorial. Por exemplo, ao observar uma paisagem, diferentes aspectos são codificados simultaneamente: a imagem visual que vemos, os sons ao redor e as sensações físicas como a brisa ou as emoções evocadas pelo ambiente. Dependendo das preferências e tendências individuais, uma pessoa pode codificar e armazenar predominantemente a componente visual, enquanto outra pode focar-se mais nos aspectos auditivos ou sensoriais.
Armazenamento: Manutenção da Memória
Uma vez codificada, a informação precisa ser armazenada, o que pode acontecer em diferentes áreas do cérebro, dependendo do tipo de memória — curto prazo, longo prazo, semântica, episódica, entre outras. O armazenamento não é um processo passivo; requer manutenção activa para preservar a memória ao longo do tempo. Se uma memória, como a de uma paisagem, é frequentemente revisitada ou usada, ela mantém-se acessível e vívida. Por outro lado, se deixarmos de aceder a essa memória, ela pode começar a esvanecer-se, evidenciando o princípio de que “quem não usa, esquece”. Esta diminuição é em parte devido ao cérebro optimizar o seu consumo energético, priorizando memórias que são mais frequentemente necessárias.
Evocação: Acesso e Produção da Memória
A evocação é o processo pelo qual acedemos e trazemos à mente as memórias armazenadas. Este processo pode ser complicado se a forma como a memória foi codificada não corresponder ao modo como tentamos recuperá-la. Por exemplo, se alguém codifica uma experiência predominantemente em termos auditivos mas tenta recuperá-la através de imagens visuais, pode sentir que tem uma “falta de memória”. Este desajuste entre a codificação e a recuperação pode levar as pessoas a acreditarem erradamente que têm problemas de memória, quando, na realidade, o problema está na incompatibilidade entre como a informação foi armazenada e como se tenta aceder a ela.
Com este conhecimento claro podemos orientar técnicas para melhorar a memória e estratégias para combater a sensação de perda de memória, promovendo uma mente mais saudável e activa nos nossos pacientes.
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