Fascite plantar, ansiedade e tensão arterial — o que aconteceu quando olhámos para o corpo como um todo.

Terapeuta: Sónia Cascão

Em poucas linhas

Uma mulher de meia-idade, cozinheira, vivia com dor no pé (fascite plantar) e lombalgias, ansiedade e tensão arterial elevada. Iniciou 10 sessões de reflexologia podal (1 hora cada), 1x por semana, durante 10 semanas, com técnica específica para a fáscia plantar e integração de técnica metamórfica. Ao longo do ciclo, a dor no pé desapareceu, as cefaleias foram embora, a energia matinal melhorou e a tensão arterial estabilizou perto dos 13/7. Acima de tudo, voltou a sentir-se “ela própria”.

“Sinto-me EU, como há muitos anos não me sentia.”

O que a pessoa sentia

  • Dor no pé (fascite plantar) e dor lombar persistentes
  • Cefaleias, sensação de “peso” nos ombros
  • Ansiedade, tristeza e medo sem motivo claro
  • Fadiga ao acordar e noctúria (acordar de noite para urinar)
  • Tensão arterial habitualmente alta (à volta de 15/9)

Contexto rápido: trabalha muitas horas de pé e tinha pouca margem para descanso estruturado.

O que fizemos 

  • Reflexologia podal com protocolo completo, dando atenção às cadeias de tensão que influenciam a fáscia plantar.
  • Técnica específica para a fáscia plantar, para aliviar a sobrecarga local.
  • Técnica metamórfica, para facilitar a reorganização de padrões de tensão mais profundos.
  • Plano10 sessões1 hora cada, 1x/semana, ao longo de 10 semanas.

Ideia central: não tratámos “apenas o pé”. Trabalhámos o equilíbrio global — sistema nervoso, circulação e cadeias miofasciais.

Linha do tempo (o essencial em 10 semanas)

  • Semanas 1–2: as dores gerais começam a ceder; a lombar ainda presente.
  • Semanas 3–4: desaparece a fascite plantar e a dor no ombro; queixas venosas aliviam; energia a subir.
  • Semanas 5–6: fase de sintomas próximos de zero; manhãs mais leves; menos cefaleias.
  • Semanas 7–8: pequenas oscilações (associadas ao dia-a-dia); regressa rapidamente a estabilidade.
  • Semanas 9–10: consolidação dos ganhos; tensão arterial mais estável (~13/7), maior sensação de tranquilidade e clareza.

Evolução emocional (o ponto que mais importou para a paciente)

  • Início: ansiedade com picos, tristeza e medo difusos; sensação de “corpo em alarme”.
  • Intermédio (semanas 3–6): redução marcante da inquietação, humor mais estável, sono a melhorar.
  • Final (semanas 9–10): relato de calma consistente, maior confiança e capacidade de decisão; a paciente sentiu que “voltou a si”.

Em termos práticos, a mudança emocional andou a par da diminuição da dor e da estabilização da tensão arterial — sinais de um corpo a sair do modo “stress crónico”.

O que mudou

  1. Dor no pé (fascite) — zero. Voltou a caminhar e a trabalhar com conforto.
  2. Cabeça leve e manhãs melhores. As cefaleias desapareceram e a fadiga matinal reduziu.
  3. Tensão arterial mais estável. De valores próximos de 15/9 para cerca de 13/7 no final do ciclo.
  4. Autonomia emocional. Menos reatividade, mais clareza e tranquilidade no dia-a-dia.

E a técnica metamórfica?

É uma abordagem muito suave que trabalha pontos reflexos associados a padrões de desenvolvimento. Na prática, ajuda o corpo a desaprender tensões antigas, funcionando muitas vezes como um acelerador da recuperação quando integrado em protocolos de reflexologia.

O que podemos aprender com este caso

  1. O corpo é um sistema. Quando abordamos as ligações (pé—joelho—quadril—coluna e sistema nervoso), a dor local tem mais hipóteses de ceder.
  2. Sintomas físicos e emocionais caminham juntos. Ao baixar o “alarme interno”, a dor e a ansiedade tendem a descer em conjunto.
  3. Consistência importa. Um ciclo regular de 10 sessões foi decisivo para consolidar resultados.

Perguntas rápidas

Quantas sessões? Neste caso, 10 sessões de 1 hora1x/semana.
Dói? A reflexologia é ajustada à tolerância. Desconforto leve pode surgir pontualmente, mas dor persistente não é objetivo.
É para toda a gente? Sim, a decisão é individual e depende da avaliação. O caso aqui descrito é real, mas cada pessoa tem a sua história.

Privacidade e transparência

Este relato é real, com consentimento escrito para partilha e dados desidentificados (sem nomes, locais ou detalhes identificativos).